segunda-feira, 26 de março de 2012

Bullying - Autor do Blog Comportamento e Ciência é entrevistado para o jornal da Universidade Federal do Paraná (UFPA)


Recentemente fui procurado por um jornalista da Universidade Federal do Paraná para conceder uma entrevista sobre o fenômeno do Bullying e como essa pratica afeta uma criança. A matéria vai ser publicada ainda esse mês e vou trazer a vocês ela pronta.
Como as perguntas realizadas foram bem interessantes e informativas, estou disponibilizando aos leitores do blog o que foi conversado. Espero que gostem.

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1. Embora o bullying tenha se tornado um assunto de conhecimento geral, nem sempre os motivos dos agressores são conhecidos. Há algo que explique por que alguns jovens praticam esse tipo de violência?

R – Existem diversas variaveis que podem ajudar a entender essa questão. A motivação de um agressor pode ter diferentes funções. Sabemos que em muitos casos, o agressor obtem aprovação social e reconhecimento pelas agressoes no meio que está inserido e essa aprovação funciona como combustivel para que a violência seja continua e crescente. Geralmente o agressor é um individuo com baixa autoestima que encontra nas agressoes a um individuo menor ou mais fraco o reconhecimento social que não poderia ser encontrado de outra forma. Em minhas pesquisas e atendimentos, percebo que existem dois tipos de agressores. 

O primeiro tipo é o agressor ativo, aquele que pratica a violencia, a provocação e a humilhação de outro individuo. O segundo tipo e o que eu considero mais cruel são chamados de agressores passivos. Eu chamo de passivos por que não participam diretamente da violencia, mas são aqueles que dão risada das piadas, e dão o reconhecimento social ao agressor gerando um ciclo interminavel de violência. Geralmente é um grupo grande que somado ao agressor ativo, acaba se tornando um exercito que deixa a vitima mais encolhida e com mais medo de reagir às provocações. Em tese não existe uma motivação que possa ser generalizada para todos os casos, mas o reconhecimento social da violencia está presente em grande parte dos casos.

terça-feira, 13 de março de 2012

XXI encontro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental - ABPMC 2012


Sob a égide do conceito de interatividade nossa diretoria vem pensando soluções para trazer novos sócios, curiosos, simpatizantes, jovens cientistas do comportamento, sangue novo para nosso já numeroso grupo de colegas Analistas do Comportamento e Terapeutas Cognitivo-comportamentais.
Sendo assim, a diretoria da gestão 2012/ 2013, composta por Cláudia Oshiro (presidente), Giovana Del Prette (vice-presidente), Ariene Coelho (1ª secretária), Giovana Munhoz da Rocha (2ª secretária e presidente do XXI Encontro da ABPMC), Fatima Tomé (1ª tesoureira) e Elaine Catão (2ª tesoureira),e com apoio de nosso sábio e valoroso Conselho Consultivo, resolveu inovar radicalmente (sem trocadilhos!).
Durante 20 dias, a contar do início das inscrições no site oficial da ABPMC, estudantes de graduação e pós-graduação, que se associarem à ABPMC, poderão se inscrever no XXI Encontro por R$ 50,00!

Sim! Isso mesmo:
Estudantes de graduação = anuidade R$ 20,00 e inscrição = R$ 50,00 Total = R$ 70,00
Estudantes de Pós-graduação = anuidade R$ 100,00 e inscrição = R$ 50,00 Total = R$ 150,00
MAIS INFORMAÇÕES:
Ekipe de Eventos

Fone: 41 3022-1247
Fax: 41 3022-3005

quinta-feira, 8 de março de 2012

QUER GANHAR UMA BOLSA INTEGRAL NO CURSO DE TERAPIA ANALÍTICO COMPORTAMENTAL INFANTIL

Aproveite a oportunidade de fazer o I curso Aprendendo a Terapia Analítico Comportamental Infantil sem pagar nada! 

Indique 4 amigos e se eles se inscreverem informe o nome deles através do e-mail ead@inpaonline.com.br para ganhar a bolsa. 

Maiores informações sobre o curso em: http://bit.ly/wjxbij

quarta-feira, 7 de março de 2012

Estudo comprova que o Antidepressivo PROZAC funciona melhor quando associado a psicoterapia


Um estudo da Universidade de Helsinki (Finlândia), publicado em dezembro na revista científica Science, reforça a tese de que a utilização do medicamento fluoxetina (conhecido sob o rótulo de Prozac) sozinho não produz uma taxa de melhora tão significativa quanto a sua combinação com tratamento psicoterápico.
No experimento, pesquisadores condicionaram ratos a temer um ruído ao pareá-lo com um choque. Metade dos sujeitos experimentais tinha tomado fluoxetina durante três semanas antes. Após o condicionamento, alguns dos ratos dos dois grupos passaram pelo processo de extinção.
Ao final do experimento, os ratos foram submetidos novamente ao ruído. Aqueles que haviam sido tratados com fluoxetina e passado pelo processo de extinção tiveram respostas diferentes no cérebro, e foram menos propensos a “congelar” frente ao estímulo.  Aqueles que receberam apenas um ou nenhum dos tratamentos obtiverem taxas maiores de imobilidade, confirmando, junto a outros estudos realizados com pessoas, a benéfica associação entre a fluoxetina e a psicoterapia.
Fonte: Livescience

Pessoas imediatistas são mais agressivas quando bêbadas


Pesquisadores encontraram um traço de personalidade particular que pode fazer com que algumas pessoas fiquem mais agressivas quando bêbadas: o foco no presente, com pouca consideração para as consequências tardias.
Em um estudo publicado em dezembro no Journal of Experimental Social Psychology, cerca de 500 participantes responderam a uma escala sobre sua consideração a respeito de consequências futuras. Em seguida, alguns participantes receberam um suco com uma bebida forte, e outros receberam suco com pequena quantidade de álcool, porém, com uma substância que dava impressão de uma bebida mais forte. Todos achavam que estavam bebendo várias bebidas misturadas.
Na etapa seguinte, todos os participantes jogaram em um programa de computador baseado em choques elétricos, contra um adversário (que não existia) do mesmo sexo. Como resultado, os participantes bêbados cuja escala apontou imediatismo lançaram choques nos adversários com mais frequência que outros participantes de mesmo escore que haviam bebido placebo. Nos participantes com foco no futuro, a embriaguez teve pouco efeito.
Segundo o autor do estudo, Brad Bushman, “se você considerar cuidadosamente as consequências de suas ações, é pouco provável a embriaguez fazer você ficar mais agressivo do que normalmente você é.”

Fonte: Livescience

Comportamento social pode ser definido geneticamente


Uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford (Inglaterra), publicada na revista Nature, concluiu que a genética possui um papel essencial no desenvolvimento do comportamento social dos primatas, inclusive dos humanos. Os cientistas observaram a árvore genealógica evolutiva de 217 espécies de primatas, e observaram que elas tendem a ter a mesma estrutura social que seus parentes próximos, não importando o ambiente e as condições.

Por ter origem genética, é difícil modificar a estrutura social e as espécies precisam operar com a estrutura social herdada, seja ela qual for. Segundo os pesquisadores da área, o raciocínio se aplica a todas as espécies, inclusive a nossa; contudo, nos seres humanos a variação cultural esconde a unidade social do gênero humano e a sua base biológica.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Maus-tratos vividos durante a infância alteram genes do estresse em adultos



É o que diz uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade e do Hospital de Genebra e publicada recentemente na revista científica Translational Psychiatry.Participaram do estudo 101 adultos vítimas de transtorno de personalidade limítrofe (boderline), nos quais foi observado uma porcentagem significativamente superior de modificação genética no DNA de indivíduos que sofreram maus tratos, abuso físico, sexual, emocional ou carência afetiva em relação aos que não sofreram tais situações.
A partir desse estudo foi possível identificar que os maus-tratos vividos na infância modificam a regulação dos genes que controlam o estresse na vida adulta, podendo perturbar a gestão do estresse e desenvolver psicopatologias. Além disso, os cientistas ressaltaram que se os voluntários tivessem sofrido o impacto de outros traumas violentos, como uma catástrofe natural ou um acidente aéreo, os resultados seriam semelhantes.
Fonte: R7 Notícias