terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Novidades - Clinica Social Analitico Comportamental

Como comentado no ultimo post, "Novo projeto em vista", me juntei a equipe de um conhecido grupo de psicologos aqui de São Paulo.

Com essa união muitas novidades vão aparecer em 2010. Entre elas, cursos de introdução a Prática Analitico Comportamental Aplicada e Experimental, supervisão clinica para terapeutas recem formados e grupos de estudos.

Aproveitando o post, estou comunicando que os primeiros frutos da união ja estão aparecendo. Pois conseguimos fazer um planejamento onde estou pessoalmente abrindo 6 horarios para clientes que gostariam de fazer Terapia Analitico Comportamental, mas que não estão dispondo de condições financeiras para arcar com o preço inteiro da sessão.

Adianto que o preço cobrado para esses horarios disponibilizados pelo Projeto Clinica Social Analitico Comportamental vão ser reduzidos e simbólicos.

Quem tiver interesse pode entrar em contato e pedir maiores informações sobre o plano, batizado de " Clinica Social Analitico Comportamental ".


Repetindo : Interessados no serviço podem entrar em contato por :

Email : marcelocds11@gmail.com ( colocar no assunto - Clinica Social )

Fone : (11) 7601-8162 e falar comigo mesmo, para tirar as duvidas e pedir informações.


Lembrando que são apenas 6 horarios disponiveis a preços simbólicos.
O projeto começa a ser colocado em pratica e os horarios começam a ser preenchidos a partir do dia 04/01/2010, mas ja é possivel se cadastrar e aguardar a marcação da sessão.

Um grande abraço amigos leitores e companheiros de profissão.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Novo projeto a vista

Ola leitores.

É com muito prazer que comunico que estou me juntando a um conhecido grupo de Psicologia Aplicada e em breve vamos ter uma supresa muito legal.
Surpresa essa que vai ser especialmente interessante para as pessoas que gostariam de fazer psicoterapia de orientação Analitico Comportamental, mas que não estão dispondo de condições financeiras para tal.

Por enquanto o projeto esta se centralizando em São Paulo, precisamente no bairro de Pinheiros.

Assim que os detalhes estiverem definidos, vou publicar a noticia.

Aguardem, garanto que a noticia é muito boa e vai agradar muitas pessoas.

Abraços a todos os leitores que acompanham o Blog Psicologia Analitico Comportamental.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Caso Rosangela - Round 2

Todos devem lembrar da Psicologa Rosangela, que foi processada pelo Conselho Federal de Psicologia, por supostamente tratar homosexuais que gostariam de reverter essa condição e se tornarem heterosexuais.

A psicóloga usava as definições de sexualidade egodistonica da propria Organização Mundial de Saude ( OMS ) para justificar a sua forma de atuação.
O caso promoveu um longo debate sobre os limites da psicologia em atender nesses moldes pacientes homosexuais, pois para o Conselho Federal de Psicologia, a homosexualidade não pode ser entendida como uma doença a ser tratada e sim como uma condição humana. É preciso trabalhar os próprios preconceitos do cliente para que ele mesmo aceite sua condição de homosexual ( condição essa que supostamente seria irreversivel ).

O Conselho Federal de Psicologia baixou resolução a anos atras que impede qualquer psicologo a tratar a homosexualidade como doença e portanto, qualquer um que trate ou tente reverter um homosexual ( mesmo com a vontade e aprovação dele) esta sujeito a processo ético que pode estabelecer punições como censura publica até cassação do registro profissional.

A psicóloga Rosangela, bateu o pé contra o CFP e disse que entendia que pacientes em sofrimento e que a procuravam poderiam sim mudar e que ninguem nascia homosexual. Portanto era uma condição passivel de ser "desaprendida".

Desde que o processo se instaurou contra ela, muitos psicologos e estudiosos se dividiram. Alguns entendem que é legitimo o trabalho de Rosangela e outros entendem que o que ela faz é uma violencia contra a "subjetividade" e contra a condição humana homosexual.

Nos ultimos dias, ela colocou nota em seu blog pessoal, dizendo que esta encerrando gradativamente suas atividades na clinica, pois esta sofrendo grande pressão politica do Conselho Federal de Psicologia e de orgãos Pró Homosexualidade. Alem disso esta sendo relatado que a própria esta sendo ameaçada de morte por militantes pró homosexualidade ( já devidamente registrados e comunicados a autoridade policial ).
O fator decisivo é que desde que o processo começou, ninguem mais a tem procurado como cliente, pois as pessoas tem medo de serem expostas. Minando financeiramente a psicologa, fica impossivel que ela continue atendendo.

O assunto é realmente muito polemico e creio que não vão chegar a um consenso, pois a psicologia não pode dizer a um cliente homosexual em sofrimento que não pode fazer nada quanto ao caso dele, pois é impedido politicamente, mas tambem não pode dizer que pode atende-lo em sua demanda de querer mudar sua condição homosexual.

Creio que o problema não esta na homosexualidade e sim nas contingências incrivelmente aversivas que os homosexuais são expostos.

Mas esse é assunto pra outro post.

Fonte : http://e-paulopes.blogspot.com/2009/11/psicologa-desiste-de-atender-quem-quer.html

sábado, 14 de novembro de 2009

Controle coercitivo e diluição de punição


http://www.zappinternet.com/video/munPsaWroW/El-ser-humano-es-impredecible


A situação exposta no vídeo demonstra alguns aspectos interessantes. Sidman, M. ( 1989 ) já falava dos efeitos do controle coercitivo e das propriedades e leis que regem os processos de punição positiva e negativa.

No vídeo vemos uma situação de uma festa Rave , provavelmente na Europa. Algumas pessoas sentadas, descansando ou conversando enquanto a musica estava tocando. Nesse cenário, um elemento esta destoando. Um rapaz esta dançando sozinho de forma alucinada o que de fato provoca uma resposta imediata do publico presente, pois muitos estão olhando ,dando risada e fazendo piadinhas.


O rapaz parece nem ligar para os olhares e piadas alheias e continua com sua dança esquisita sozinho. Em determinado momento, outro rapaz se aproxima do dançarino alucinado e começa a dançar com ele, provavelmente para tirar um sarro. O publico que observa tudo continua dando risadas. Em um segundo aparece mais um rapaz pra dançar e as piadas e risadas continuam acontecendo.

O que acontece a seguir é um fenômeno muito interessante. De repente um grupo de pessoas se aproxima, e gradativamente um grupo muito maior começa a aderir e quando percebemos apenas um individuo conseguiu fazer dezenas de pessoas dançarem com ele.


O fenômeno observado pode ser explicado comportamentalmente. O ambiente era altamente coercitivo para apenas uma pessoa se expor, aparentemente muitas pessoas estavam com vontade de estar ali dançando, mas sabiam que poderiam ser punidas por tomar a frente ou se expor aos olhos de um publico que estava sentado e conversando.

Quando observaram o primeiro rapaz dançando alucinadamente sozinho, expuseram de forma clara o controle coercitivo que estava latente no ambiente fazendo as piadas e apontando os dedos dando risada. Quanto um segundo rapaz aderiu à dança, depois o terceiro, o quarto e um grupo pequeno começaram a dançar com o rapaz, esse controle coercitivo foi diluído.


Esse efeito é muito observado em grupos, geralmente todos ficam esperando um primeiro individuo emitir uma resposta especifica com alta probabilidade de punição para ver o que acontece. Quando o rapaz emitiu a resposta de dançar e o risco de punição foi reduzido, outras pessoas aderiram e com uma progressão geométrica, o que era apenas um rapaz acabou se tornando um grande grupo dançante sem medo de punição, já que o controle coercitivo em cima de uma pessoa é forte o bastante para impedir que o grupo o siga, mas uma grande quantidade de indivíduos emitindo uma resposta ( que a principio tem alta probabilidade de punição) reduz drasticamente a possibilidade de punição.

A diminuição de punição explica muitos fenômenos grupais, muitas vezes vemos algo semelhante em torcidas de futebol ou em manifestações sociais. A torcida esta calma, mas basta um começar a inflamar ânimos e de repente toda uma torcida esta lutando, ou então a noção que uma pessoa sozinha protestando é uma agitadora e louca, mas um grupo de pessoas agitadoras e loucas protestando vira manifestação social.

No caso do vídeo, as mesmas pessoas que estavam fazendo piadinhas e rindo do garoto dançando sozinho, foram as mesmas que estavam dançando junto quanto todo um grupo apareceu pra seguir o rapaz dançante.

Algo a ser considerado é o controle verbal que estava acontecendo na hora. O refrão da musica dizia “I got to be unstoppable” ( eu preciso ser imparavel ), e vemos que justamente nas partes do refrão que mais e mais pessoas entravam na brincadeira.


O controle verbal parece ser de fato muito forte quando vemos que a grande maioria do publico adere ao rapaz inicialmente sozinho quando o refrão é cantado, e realmente uma frase de peso como “Eu preciso ser imparavel” exerce um controle muito forte. O rapaz que esta filmando continua cantando o refrão, mesmo depois que a musica acabou. Isso reforça mais ainda que o controle verbal de fato influenciou.

Começa tudo com um tempo (T) grande, com o rapaz dançando sozinho, no primeiro refrão aparece mais um fazendo T/2, outro rapaz em T/4, ai a progressão fica mais visível, em T/8 aparece um grupo de algumas pessoas e em T/16 começa a vir um grupo maior e em T/32 começa a chegar um verdadeiro batalhão de pessoas, terminando com um grande grupo.


O que deixa a progressão com mais força é que todas as pessoas ali presentes são sensíveis ao controle verbal especifico que no caso era a musica eletrônica. Isso potencializou o refrão e a posterior adesão de mais dançarinos ao grupo. Vemos que o comportamento de dançar acaba passando de passível a punição para socialmente reforçado, já que a coesão do grupo dançante precisava ser mantida.


Nesse momento, ficar deitado no chão conversando ou rindo não era mais uma opção, pois o risco de ser pisoteado aumentou muito, enquanto o risco de ser punido por dançar diminuiu muito.


Também é de se considerar, que muitos dançarinos do grupo fossem parados no exame anti dopping. Alterando a sensibilidade a contingencia e diluindo mais ainda a sensibilidade a um estimulo punitivo que tem probabilidade de consequenciar o ato de dançar.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Metodo ABA para o tratamento do Espectro Autista

Applied Behavior Analysis - Análise Aplicada do Comportamento

De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidis, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.

O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.

Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de consequências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas consequências são extrínsicas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo, consequências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso.

O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3- elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o processo.

Concluindo, ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.



Caio Miguel,

Ph.D, Psicólogo, doutor em análise do comportamento pela Western Michigan Universit.

Fonte :
http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/works/item.php?id=1

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bullying - O terrorismo Psicológico

Uma das maiores preocupações da Psicologia e dos educadores sem duvida é o Bullying. A palavra não tem uma tradução exata e no português é traduzida mais ou menos como “assedio moral”.

O bullying já é uma patologia social. É definido como a imposição de sofrimento intencional em relações de desigualdade. Para exemplificar, podemos falar de um aluno dito “popular” de uma escola que faz de tudo para humilhar e expor um defeito (às vezes nem tão aparente) do colega que só tira notas altas ou então o rapaz musculoso que inferniza a vida de um colega mais fraco fisicamente ou um “tímido” que é exposto de forma que cause maior constrangimento possível. No Brasil a forma mais típica de Bullying são os apelidos humilhantes exaltando defeitos físicos e as agressões físicas.

O Bullying infelizmente é presente no mundo todo e em alguns países, as vitimas cometem atos extremos com mais freqüência como homicídios e suicídio como vimos nos recentes ataques em escolas dos Estados Unidos, onde vitimas de Bullying invadiram a própria escola com armas pesadas e assassinaram muitos colegas e logo após cometeram suicídio. Nas cartas deixadas pelos suicidas, vemos referencias as constantes humilhações que passaram e que tomados pela depressão e transtornos de ansiedade não viram outra forma de acabar com o sofrimento que não fosse com o suicídio, mas não antes de levar todos os agressores consigo. Uma explosão de raiva e ódio sem limites como reação ao que sofreram.

No Brasil, é mais raro acontecer assassinatos como resultado de anos de humilhações e agressores físicas que as vitimas sofrem. Porem, a taxa de suicídios é alta, mas infelizmente é velada. Medicamente o Bullying não é reconhecido como causadora de suicídios (que são atribuídos a depressão, que por sua vez foi resultado direto da vitimização).

Cyber Bullying :

Infelizmente, estão sendo criadas novas formas de humilhação. Alem do bullying tradicional que envolve humilhações e agressão física, hoje em dia temos o Cyber Bullying, que é a pratica de humilhação e exposição publica caluniosa e difamatória através da Internet. Essa é uma forma mais agressiva do Bullying tradicional, já que calunias e difamações por internet têm um alcance muito maior e conta com o anonimato do agressor. Ele não precisa mais ser uma pessoa forte ou popular, pode ser feita por qualquer um, inclusive vitimas em busca de vingança. Um exemplo claro são os perfis falsos em redes de relacionamentos.

Segundo a delegacia de crimes virtuais, essa é a pratica mais comum de Cyber Bullying. Cria-se um perfil falso da vitima com informações reais como telefone, endereço e fotos e se relaciona a comunidades que podem ser aversivas e difamatórias. Como uma mulher ter seu perfil com descrição de garotas de programa ou um menino ter seu perfil associado a comunidades ligadas a pedofilia ou mesmo fazendo montagens com fotos. Geralmente com fundo pornográfico.

Cabe ressaltar que não se tem uma legislação especifica sobre crimes virtuais, mas já existe jurisprudência no cyber espaço e em breve deve ser regulamentada leis especificas.

O Bullying marca vidas :

As marcas que ficam nas vítimas de bullying são muito fortes e infelizmente, na maioria das vezes mudam permanentemente a vida das vitimas. As marcas mais comuns são: Depressão, baixa auto-estima, muita dificuldade em relacionamentos sociais e muitas vezes transtornos de ansiedade se instalam.

O importante é ressaltar que o atendimento psicológico oferece resultados promissores em relação a todas essas marcas, principalmente as terapias de abordagem comportamental.

Claro que não se pode mudar o passado, mas com o atendimento psicológico podemos fazer um “controle de danos” e com isso saber lidar com os problemas decorrentes antes que esses se agravem.

Com os anos de atendimento clinico, percebo que as vitimas de Bullying paralisam e não conseguem ver que precisam de ajuda. Tenho percebido que o discurso é sempre depressivo e muitos acham que não tem possibilidade de mudar. Julgam que não tem nada a fazer alem de se acostumar e esperar o tempo passar para ver se melhora. Muitas vezes se sentem até responsáveis por serem vitimas. Infelizmente as coisas não funcionam assim e o tempo não ajuda a melhorar.

Mudar de escola resolve ??

Existe uma crença de que mudar de escola ou mudar de cidade vai fazer que a pessoa deixe de ser vitima. Infelizmente também não funciona, pois o padrão comportamental da pessoa em questão vai fazer com que seja atacada em qualquer lugar. Vai virar alvo na casa nova, na escola nova ou em qualquer lugar que esteja. O problema é o padrão comportamental que predispõe uma pessoa a ser vitima e esse padrão é justamente o que precisa mudar. Nesse ponto o atendimento psicológico de orientação Comportamental é fundamental, pois vai desenvolver novos repertórios comportamentais incompatíveis com o perfil das vitimas de Bullying (geralmente pessoas tímidas, caladas e com baixa auto-estima).

A vitima precisa de orientação. Isso inclui ir a delegacias especializadas em crimes virtuais ou então procurar atendimento jurídico, psicológico e medico sempre que precisar.

O Bullying deve ser sempre combatido e jamais tolerado em escolas ou qualquer outro lugar. Já se tem informações que esta dentro das empresas e academias. Cabe lembrar que não é só aquele que pratica o Bullying que é o agressor. Na verdade, os espectadores que não fazem nada e ainda dão risada da vitima que esta sendo humilhada é tão agressor quanto o Bullyer (como é chamado o agressor principal), são chamados de agressores passivos e são esses agressores que reforçam o comportamento do agressor que por sua vez aumenta muito a freqüência dos comportamentos agressivos pois obtém reforço social.

É um problema muito serio que marca vidas, talvez se as pessoas entendessem que Bullying não é bobagem e que não é uma brincadeira de mau gosto como muito se prega e sim uma agressão psicológica e muitas vezes física também que deixa marcas para toda uma vida.

Então, você quer ser uma vitima para sempre ou quer mudar sua vida?

Procure seus pais, o diretor da escola, um psicólogo qualificado e competente e conte o problema. Não se silencie, não deixe que a situação se agrave.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reflexo Condicionado

Como prometido no outro texto Reflexo Incondicionado na Analise do Comportamento, vou discutir com essa continuação o conceito de Reflexo Condicionado e por que ele é importante dentro do que veio a se configurar como Analise do Comportamento.

O Reflexo Condicionado

O Condicionamento Reflexo foi descoberto quase que por um acidente, Pavlov percebeu que o som dos seus passos foram pareados diversas vezes com um pedaço de carne que era dado aos cães e após um curto espaço de tempo, mesmo que não se apresentasse a comida, apenas com o som dos passos os cães começavam a salivar. O pareamento entre um estimulo incondicionado ( Comida ) e um estimulo netro ( som dos passos ) foi capaz de produzir uma resposta condicionada.

Pavlov quando notou que os cães respondiam salivando apenas com o som dos seus passos, começou a fazer expêriencias. Na sua pesquisa, adotou o seguinte procedimento : Antes de apresentar a comida, um estimulo sonoro era tocado, como campainhas. Apos algumas vezes que esse estimulo neutro era apresentado antes da comida, foi percebido que esse estimulo por sí só ja eliciaria o comportamento de salivar.




A ilustração abaixo mostra o processo do Pareamento de um estimulo Neutro ( Sn ) com um estimulo Incondicionado ( Si ) que a principio elicia uma resposta incondicionada ( Ri ) e no fim ela se transforma em uma resposta condicionada ( Rc )


Colocando o diagrama acima no exemplo.

Na Etapa 1 do procedimento de Pavlov, podemos dizer que a Comida ( Si ) eliciava a salivação ( Ri ). Na etapa 2, adicionamos um estimulo Neutro que no caso foi o som dos passos do Pavlov ( Sn ) precedendo a apresentação da Comida, entao percebemos que houve um pareamento entre o som dos passos de Pavlov ( Sn ) com a apresentação da Comida ( Si ). Na etapa 3, o som dos passos de Pavlov se tornou um estimulo condicionado ( Sc ) e agora produzem uma resposta igualmente condicionada ( Rc ). A partir disso, a comida não precisaria ser apresentada para que o som dos passos de Pavlov eliciem o comportamento de Salivar.

Diferentemente do Reflexo incondicionado que é controlado filogenéticamente, o reflexo condicionado é controlado Ontogenéticamente, pois é necessária uma história prévia de pareamentos.

O Condicionamento Reflexo ou Pavloviano é muito comum na nossa vida. Agora com esses novos conceitos, podemos responder as perguntas feitas no texto de Reflexos incondicionados com facilidade. A criança chora ao ouvir o barulho da maquina do dentista pois em sua vivência, o som da maquina ( Estimulo Neutro ) era pareada com a dor ( estimulo incondicionado ) que a mesma provocava. Em algumas sessões de tratamento com o dentista, o som da maquina por sí só foi capaz de eliciar ansiedade, medo e todos os respondentes que foram pareados no momento do uso da maquina.

Um exemplo bem interessante são os dos Eskimós da região do Alaska. Um reflexo incondicionado caracteristico a espécie humana é que quando sentimos dor intensa ou quando estamos muito tristes, choramos. É um reflexo incondicionado comum ao homem. Porem no Alaska o homem não pode chorar.

O reflexo incondicionado é alterado para o condicionado de não chorar, o estimulo que leva ao choro produz uma outra resposta. Geralmente, quando sentem dor ou quando estão muito tristes, os eskimós dao risada. Um reflexo incondicionado que se transformou em condicionado ontogenéticamente. O organismo deles foi modificado, pois o frio é tão intenso que quando se chora, as lagrimas imediatamente se congelam e com isso ferem os olhos gravemente.

Vejam, o organismo se modificou alterando um reflexo incondicionado para que o organismo se adaptasse ao ambiente. Aqueles que choram sofrem danos oculares, os que não possuem mais essa resposta se mantem intactos.

Algumas leis são importantes quando falamos em Reflexo Condicionado. São elas :

1 - Um estimulo Neutro só adquire poder de eliciar resposta incondicionadas se ele for apresentado logo antes do Estimulo Incondicionado
2 - Quanto mais o estimulo neutro for pareado com o estimulo incondicionado, mais poder de eliciar a resposta ele adquire.
3 - Quanto menor o tempo de ocorrência entre um estímulo neutro e um incondicionado, mais eficiente será o condicionamento.
4 - Em alguns casos os fatores biológicos interferem na capacidade de um estimulo neutro se tornar um estimulo condicionado.

Pavlov foi um marco dentro da Psicologia, pois foi através das suas idéias que outros grandes nomes começaram como o grande expoente do Behaviorismo Radical B. F. Skinner. É interessante citar que Pavlov utilizou o termo "Reforçador" quando discorria sobre o efeito do alimento no condicionamento de uma cachorro a salivar ao som de uma campainha. O Alimento reforçava a conecção entre um estimulo neutro e a salivação. ( Keller, F. S. 1969 ).

Skinner partindo dos trabalhos de Pavlov sobre o condicionamento respondente, começou a teorizar e conceber o conceito de condicionamento operante e com isso revolucionar todo o paradigma vigente dentro da Psicologia. Mas o Condicionamento Operante vai ser melhor discutido em um proximo texto.

Referencias : Keller, F. S. 1969; Aprendizagem : Teoria do Reforço. (pp 7-14)

Reflexo Incondicionado na Analise do comportamento

Atualmente é uma preocupação da psicologia moderna, definições e conhecimentos sobre como as pessoas se comportam e como aprendemos e fazemos relações entre eventos. Já se perguntaram o por quê de uma criança chorar de medo ao ouvir o barulho da maquina do dentista ? Ja se perguntaram como aquele belo prato de comida nos faz sentir a boca cheia de agua ?

Vamos explorar os conceitos de reflexo inato e reflexo condicionado e mostrar como esses processos acontecem e por que sao tao importantes para o entendimento do comportamento humano em suas manifestações.

Para falar em reflexos na Analise do Comportamento devemos voltar na história onde vamos encontrar um personagem chamado Ivan Petrovich Pavlov ( 1849 / 1936 ).
Pavlov foi um fisiologista Russo que ganhou o Nobel de Medicina, mas é conhecido até hoje pelos seus achados e contribuições a Psicologia.


Ivan Petrovich Pavlov

Pavlov estudava o sistema digestivo de cães apresentando diversos tipos de comida e media a quantidade de saliva que era produzida. No entanto Pavlov começou a perceber que a saliva era produzida mesmo quando a comida não era apresentada.
Observando o que acontecia, Pavlov percebeu que a comida quando pareada a outros estimulos no ambiente sinalizavam a presença da mesma e como consequência produzia as mesmas reações fisiológicas em seus cães que a presença real da comida.

Estava descoberto o Reflexo Condicionado.

Para falar sobre o Reflexo Condicionado precisamos antes entender o que é o reflexo incondiconado. O reflexo incondicionado também conhecido como comportamento respondente é definido como uma resposta que é filogenéticamente instalada no individuo e de regra geral esta ligada a sobrevivencia.


É eliciado por um estimulo incondicionado, ou seja, que naturalmente produza uma resposta quase sempre sem o controle ativo do organismo. Por ser incondicionado é correto dizer que a resposta é eliciada sem nenhum tipo de historia previa de pareamento. Como exemplo podemos citar que em um dia de muito calor o corpo produza suor ou quando existe uma luz muito forte , a pupila se contraia.


Pavlov para falar de Estimulo incondicionado e respostas Incondicionadas partiu das suas observações sobre a sua experiencia, onde a comida sempre eliciava a salivação nos cães. Para tal relação Pavlov chamou a comida de Estimulo Incondicionado e a salivação de Resposta Incondicionada. Para essa relação entre estimulo incondicionado e resposta incondicionada, Pavlov usou o termo reflexo Incondicionado.Um estimulo incondicionado vai eliciar uma resposta incondicionada ou automatica.


A ilustração abaixo mostra o processo de Comportamento Respondente ou inato.



Alguns exemplos de reflexos incondicionados e respectivas respostas incondicionadas são :




Reflexo Incondicionado e a Origem das Espécies

O reflexo incondicionado como dito anteriormente é selecionado filogenéticamente. Mas o que quer dizer isso ? Quando dizemos filogenéticamente, queremos dizer que o reflexo esta impresso no organismo em seu DNA e fazem parte de toda uma espécie.
Lembra que quando falei no Reflexo incondicionado, foi dito que geralmente ele esta ligado a sobrevivencia da espécie ?

Pois bem, o reflexo incondicionado acabou sendo impresso no organismo pois contribuiu para a sobrevivencia da espécie. O behaviorismo Radical tem uma grande base na Evolução das Espécies de Charles Darwin. A Seleção Natural das especies também depende dos reflexos incondicionais. Por exemplo, um animal que nasceu com uma alteração biológica onde o frio intenso a faz tremer e essa reação tem a função de tentar aumentar a temperatura corporal e sinalizar a morte serviu como um diferencial entre os individuos que ao expostos ao frio morriam e aqueles que ao tremerem, sabiam que precisavam aumentar sua temperatura rapidamente.
O cruzamento entre os organismos que possuiam o reflexo de tremer ao frio foi sendo passado de geração em geração e gerou herdeiros com esse reflexo instalado, entao todos os individuos pertencentes ao grupo adquiriram filogenéticamente o reflexo de tremer ao frio e portanto sobreviveram. Aqueles que não tinham o reflexo incondicionado de tremer morreram. O reflexo incodicionado teve a função de modificar organismos para serem mais fortes e mais adaptados ao ambiente.


No proximo texto vou falar um pouco mais sobre o reflexo Condicionado, que foi desenvolvido a partir dos conceitos de Reflexo incondicionado. E esses dois conceitos sao importantissimos, tendo em vista que foi a partir deles que Skinner começou a desenvolver os conceitos de comportamento Operante e revolucionar o próprio paradigma da Psicologia.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Reforçamento Positivo na Análise do Comportamento - Definição e aplicações clínicas

Dentro de uma abordagem Analítico-comportamental , o reforçamento positivo está presente em muitas técnicas e sem duvida é um principio importante para a mudança comportamental.

Entender o conceito e a aplicação é fundamental para o analista do comportamento articular as sessões para que classes de respostas alvo sejam constantemente reforçadas afim de se mudar um comportamento problema, caso seja esse o objetivo.

O terapeuta deve no inicio ser um agente reforçador por si só, já que o cliente procura um terapeuta e o tem como alguém que detém um conhecimento que pode ajudá-lo e qualquer ato ou palavra que alivie o sofrimento já tem um papel reforçador para respostas de compromisso e maior aderência ao processo psicoterápico. Ainda podemos falar que esses processos aprofundam e melhoram a relação terapêutica que se está sendo estabelecida entre terapeuta e cliente.

Ao lidar com o reforço positivo são necessários cuidados, é preciso estabelecer um criterioso levantamento de dados e fazer uma boa análise funcional para definir a princípio qual é o melhor esquema de reforçamento para o caso do cliente dentro dos objetivos da terapia.

Alguns clientes funcionam sobre um esquema de contingência de reforço positivo muito infrequente. Isso significa que esse cliente tem uma tolerância a frustração muito grande. Sendo assim, acabam não sendo sensiveis a novas contingências reforçadoras e não operam no ambiente, pois já se acostumaram a suportar frustração e condições aversivas. Nesse caso mantem seu comportamento inalterado, mesmo que seu padrão de respostas produzam conseqüências aversivas.

Clientes que são expostos a contingências de total privação ou de privação moderada de fontes reforçadoras experimentam um intenso sentimento de culpa assim que os reforçadores são apresentados, isso acontece por possuírem repertórios modelados de uma extrema tolerância a frustração (Guilhardi, 2002, p. 136).

Contingências de reforçamento positivo escassas podem gerar sujeitos que não possuem repertórios comportamentais capazes de produzir reforçadores em ambiente natural intrinsecamente, precisando sempre de esquemas de reforço extrínseco sugerindo baixa auto-estima e dificuldades em relacionar-se em um ambiente social. Com isso pode-se dizer que o individuo sofre um impacto negativo em sua variabilidade comportamental e portanto vai ter dificuldades em buscar novas formas de reforçamento.

Segundo Horcones (1983), as palavras “extrinseco e intrinseco” referem-se apenas a origem das conseqüências. Se o cliente ao responder a estímulos discriminativos, obtém uma conseqüência reforçadora dizemos que o reforçamento é intrínseco e com isso se configura em uma resposta naturalmente reforçada.

Quando o responder do cliente é reforçado pelo ambiente através do terapeuta, dizemos que o reforço é extrínseco e arbitrário, já que foi possibilitado por outra fonte que não seja o próprio responder do sujeito. Em outras palavras, quando falamos de reforçamento positivo intrínseco, nos referimos ao uma relação entre resposta e conseqüência, em que a conseqüência é produto direto da resposta, ou seja, a conseqüência reforçadora é produto direto da resposta do próprio sujeito. Quando falamos de reforçamento positivo extrínseco, vamos nos referir a uma relação entre conseqüência e resposta, em que a conseqüência depende da própria resposta do individuo somado a outros eventos.

O reforçamento intermitente é mais eficaz que o CRF por facilitar a variabilidade comportamental, já que torna a sessão mais proxima ao ambiente natural onde é preciso operar no ambiente e algumas respostas vão ser reforçadas e outras não. O reforçamento de esquema intermitente mostra melhores resultados por que aumenta a tolerância a frustração e obriga o indivíduo a continuar operando para receber o reforço que outrora era sempre apresentado. Isso é especialmente verdade quando falamos de comportamento social, onde algumas respostas são reforçadas e outras entram em extinção.

O reforçamento positivo é um processo que consiste em apresentar um estímulo conseqüente que aumente a probabilidade da emissão de respostas. Dentro do contexto clinico, é importante determinar respostas que devem ou não ser conseqüenciadas positivamente. Mas também é sabido que, como no caso da psicoterapia o reforço é obtido dentro do contexto clínico, pode ser que o mesmo reforço não seja produzido em ambiente natural. É necessário que o terapeuta também ajude o cliente a instrumentarlizar-se para obter esses reforços em seu ambiente fora do contexto clínico, podendo generalizar fontes reforçadoras obtidas através de um novo repertório comportamental que foi ou está sendo modelado em terapia.

A terapia seria falha se o cliente só conseguisse operar em um ambiente clínico e só fosse reforçado nesse ambiente, não levando novos repertórios para seu ambiente natural. O reforço extrínseco deve ser capaz de instalar novos repertórios comportamentais para que o reforço seja intrínseco ao comportamento do cliente. Nesse caso, acontecerá a generalização e conseqüentemente repertórios inadequados, não assertivos e agressivos vão ser extintos.

Em alguns casos o terapeuta sozinho não consegue modelar novos repertórios comportamentais apenas em um ambiente clínico. Para esses casos, o trabalho conjunto com o A.T. (Acompanhante Terapêutico) mostra resultados interessantes. O terapeuta como fonte reforçadora em ambiente clínico modelando novos repertórios comportamentais e o A.T. como fonte reforçadora externa ao contexto clínico, e em alguns casos mais graves, dando modelos de novos repertórios para que o cliente possa ver uma classe de respostas mais ampla e com isso passe a imitar o Acompanhante Terapeutico.

Se espera com esse trabalho em conjunto que a generalização de reforçadores seja facilitada contribuindo para a instalação permanente de novas classes de respostas mais adaptadas e novos repertórios comportamentais. Em um próximo texto discutirei um pouco mais o trabalho do Acompanhante Terapeuta ( A.T.).

Agradeço ao Psicológo Rodrigo Nunes Xavier pela valorosa contribuição na elaboração do presente texto.

Referencias :

Madi, M. B. B. P. (2004). Reforçamento positivo: princípio, aplicação e efeitos desejáveis. Em C.N. Abreu e H.J. Guilhardi (orgs.) Terapia Comportamental e Cognitivo-comportamental : práticas clínicas. Capitulo 2, 41-54. São Paulo : Roca.

Kohlemberg, R.J. e Tsai, M. (2001). Suportes teóricos da FAP. Em: Psicoterapia Funcional Analitica: Criando Relações Terapeuticas Intensas e Curativas. Santo André : ESETec. (pp.8-18).

Andery, M.A.P.A.; Sério, T.M. Consequências intrínsecas e extrínsecas. Em : C.E. Costa, J.C. Luzia, H. H. Nunes S´Antana(orgs.) Primeiros Passos em Analise do Comportamento e Cognição, Vol 2. Santo André : Esetec, 2004 (pp 43-48)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Evolução de uma Cultura

Estava assistindo uma Aula de Vida em Grupo e Cultura com os Professores Denis Zamignani e Roberto Banaco a qual eles discutiam como uma cultura se mantem e evolui.

Quando estava ouvindo a discussão comecei a pensar no papel que apenas um individuo tem ou pode ter na manutenção e mudança de uma cultura com valores estabelecidos e estáveis.Pensando nessa questão, acabei lembrando de alguns exemplos. Principalmente de culturas instaveis mantidas a força como o caso de Cuba do ex ditador Fidel Castro, o Regime Talibã e a propria ditadura militar no Brasil.

Começo a estabelecer relações e começo a imaginar que todas essas culturas tem algo em comum, pois mesmo que um poder constituido lute para manter a estabilidade, um unico individuo pode desestabilizar e destruir uma cultura, modificando tudo em beneficio próprio ou de seu grupo apenas alterando contingências e cuidando que o entrelaçamento dessas mesmas contingências produzam a consequência esperada.Hittler foi um grande exemplo de como um individuo pode introduzir um elemento em uma cultura ja estabelecida e mudar toda uma nação. Ele absorveu todo o descontentamento da nação. Principalmente pela derrota e humilhação pós guerra e com isso liderou milhões em uma luta comum e a sua luta continua até hoje em alguns grupos ditos Neo Nazistas.

Diretamente ou indiretamente os lideres de grupos e nações sabem que um unico individuo pode desestabilizar culturas e tomam cuidados para evitar isso. Me lembro de uma gravura que vi na epoca do colégio. Era uma fila de pessoas caminhando, todas com a cabeça baixa e seguindo a mesma direção. Em seguida uma das pessoas da fila pensa em voz alta ” Onde estamos indo ?”, no proximo quadrinho a pessoa desapareceu antes que os outros comecem a pensar e fazer perguntas tambem.
Ouvindo tudo que os professores estavam dizendo e todos os debates que a essa altura já estavam sendo desenvolvidos, comecei a imaginar que tipo de controle e que tipo de cultura estamos respondendo enquanto psicolólogos. Respondemos a uma forma de pensamento que preza a liberdade e autonomia dos clientes ou reproduzimos uma adaptação a uma cultura atual e estabelecida no Brasil de pais colonizado e consequêntemente treinado históricamente para obedecer ?

Enquanto Analistas do Comportamento sempre estamos fazendo análises sobre o ambiente, mas não paramos muito para pensar no nosso papel e qual é o efeito das nossas intervenções no ambiente.É algo importante a qual não vejo muitas respostas, somos modelados para observar o que o ambiente causa nas pessoas, mas não somos treinados para perceber a nossa responsabilidade enquanto Analistas do Comportamento atuantes em um ambiente com suas regras impostas diretamente ou indiretamente.

A pergunta ” Que cultura estamos perpetuando” realmente me incomoda muito, pois enquanto psicólogo e individuo imerso em uma cultura definida por contingências que em muitos casos não tenho controle, começo a me preocupar e perceber que tem algo muito errado, somos manipulados e nos contentamos com pouco. É a politica do egoismo tipica do Capitalismo.Enquanto Psicólogo e Analista do Comportamento, talvez um futuro professor de Psicologia e consequêntemente formador de opinião, fico me perguntando se não é hora de introduzir no ambiente novas contingências de Controle para a modificação de uma cultura que preza o consumir ( mesmo que seja necessario destruir ) para uma forma de cultura mais humana que preza os direitos humanos e liberdade alem de valorizar o potencial humano de fazer o bem ?

O problema é que começo a imaginar que existe um limite ético para a atuação do psicólogo. Fico dividido entre dois pensamentos concorrentes. Sera que tenho esse direito de arranjar novas contingências ou se na verdade é o meu dever enquanto profissional de qualidade de vida.
O fato é que essa cultura com suas coisas boas e ruins só está sobrevivendo por quê esta sendo alimentada e possui um equilibrio, mas toda cultura trás em si mesma a própria destruição, pois as contingências vão mudando e basta uma pessoa com uma ideia nova para mudar tudo para melhor ( ou pra muito pior ).
Considero a ultima questao como fundamental para a discussão de Ética Profissional.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

8 perguntas sobre Anorexia e Bulimia

Uma Leitora do Blog me enviou algumas perguntas sobre Anorexia e Bulimia. Como as perguntas são otimas. Decidi publica-las

1 ) Apesar de serem mais comuns na adolescência, a anorexia e a bulimia podem aparecer depois dos 30 anos?
R - Sim, é possivel aparecer a bulimia e Anorexia depois dos 30 anos. Um exemplo disso é aquela moça que participou do BBB. Lembra que ela era bulimica e foi exposto ao pais todo atravez do programa ? É mais comum na adolescencia pela propria caracteristica da adolescencia. Mas nada impede a manifestação tardia.

2) Há alterações corporais que podem levar a essas doenças após os 30 anos? Quais e por quê?
R - Apesar de ter muita gente tentando fazer uma relação entre neurotransmissores e psicopatologias. Eu acredito que no caso da Anorexia e bulimia a maior alteração é ambiental ( Socio - Historicas ) e sustentada por contingencias propricias ao aparecimento do problema. Contingencias essas que podem ser familiares e culturais ou as duas ao mesmo tempo. Filogeneticamente nao faz sentido o comportamento de emagrecer o maximo possivel por auto imagem corporal ou jogar pra fora o alimento que vai sustentar. Mas culturalmente faz todo o sentido analisando as contingencias que sustentam a nossa cultura do que é e o que nao é esteticamente bonito. Cabe dizer que recentes estudos parecem demonstrar que a Anorexia tem um fundo genetico.

3) Que sintomas mostram que a pessoa está com bulimia ou anorexia?
R - No caso da Anorexia se percebe mais frequentemente uma baixa de energia e de atividades no começo. Como a pessoa nao se alimenta, ela nao tem energia para realizar tarefas. Esta sempre cansada e dorme com dificuldade.
Tambem se percebe que a pessoa começa a se recusar a almoçar ou comer na presença de pais ou amigos. Depois de um tempo, geralmente o 1º mes, a perda de peso é muito evidente. Nesse caso é importante ficar alerta pois pode estar sinalizando o problema. Geralmente pais e professores tendem a ignorar o problema por achar que é "coisa da idade". Quando percebem infelizmente o problema ja esta em um estagio avançado e nao é raro que a pessoa chegue a inanição e morra ou que tenha problemas permanentes de saude com danos ao coração e rins principalmente. Um outro fator importante é que a menstruação para.
No caso da Bulimia fica bem mais complicado perceber. Pois a pessoa se alimenta normalmente e depois se utiliza de estrategias como os laxativos e a indução do vomito. É frequente na Bulimia que apareça com o Comer Compulsivo. Onde a pessoa ingere enormes quantidades de alimento como 30 mil calorias em 10 minutos e para lidar com a ansiedade e a culpa acaba induzindo o vomito ou usando laxantes poderosos. Alguns sinais podem ser percebidos como fraqueza, caimbras, hemorragias no estomago e esofago e a destruição completa dos dentes pelos efeitos dos acidos do estomago.

4) Até quantos quilos as pessoas com esses distúrbios chegam a perder?
R - Geralmente começam a perder peso e só param quando sao forçadas a comer ou chegam na inanição e precisam de internação para alimentação. Nao existe um parametro, mas existem mulheres com 27 anos pesando 30 Kgs. É chocante mesmo.

5)As mulheres costumam apresentar mais esse tipo de doença. Há estimativas de qual porcentagem das mulheres apresentam esses distúrbios?
R - Quando falamos em Anorexia e Bulimia a estimativa é que entre 85% a 95% dos portadores sao do sexo feminimo. No homem tambem acontece. Mas no homem a frequencia da Vigorexia é muito mais alta.

6) As causas são psicológicas ou físicas (ou ambas)? É possível definir qual o peso de cada um desses fatores?
R - As causas sao multifatoriais. Estudos mostram que tem um fundo genetico nos transtornos alimentares. Mas fatores como alterações hormonais de certos agentes ( Serotonina - Dopamina - Noradrenalina e outros hormonios relacionados tambem ao comportamento alimentar ), causas Psicologicas e Sociais/culturais tem uma grande parte no aparecimento e desenvolvimento do problema. Nao é possivel definir o peso de cada uma delas pois cada paciente é unico e é preciso alem de enchergar a topografia do comportamento, observar a função do comportamento. Todas as pessoas tiveram um historico de vida diferente, portanto o que aconteceu como gatilho para uma pessoa nao aconteceu para a outra. É preciso analisar cada caso como um caso unico.

7) Por que é tão difícil se livrar dessas doenças? Quais as principais dificuldades?
R - É muito dificil lidar com a Anorexia e a Bulimia pois estao sempre acompanhadas de Depressão e ansiedade muito alta. O tratamento é aversivo pois temos que fazer a pessoa comer e ganhar peso contra a vontade dela. O tratamento fica muito complicado por que ele é forçado, nao temos a ajuda do paciente. Muitas vezes a alimentação é feita por tubos direto no estomago. A alimentação é especial tambem, ja que o corpo nao tem força nem para digerir alimentos solidos. Geralmente a dieta nos casos mais graves é pastosa .Dentre os transtornos mentais a Anorexia e a Bulimia sao os que mais matam. Seja por decorrencia direta do transtorno como uma parada cardiaca por falta de potassio ou pelo suicidio.
Estatisticas mostram que de 10 a 15% dos pacientes com esse transtorno vao morrer antes ou durante o tratamento e que 2 a 5% vao cometer suicidio. Só nos EUA, cerca de 100 mil mulheres morrem por ano em decorrencia da Anorexia. A pessoa com anorexia ou bulimia tem uma auto estima muito fragil e podem se tornar violentas e muito agressivas quando confrontadas. Geralmente aparece o Transtorno Dismorfico Corporal. O que piora mais ainda o problema. Algumas anorexicas podem apresentar comportamentos Psicoticos tambem.

8)Quais as consequências físicas e psicólogicas para quem enfrenta um desses distúrbios?
R - O tratamento da anorexia envolve varios profissionais. Psicologo, Psiquiatra, Nutricionista etc...
Dependendo do estagio do problema algumas marcas sao irreversiveis. Danos ao coração, rins, figado por falta de vitaminas em tempo prolongado. Ulceras tanto no estomago quanto no esofago provocadas pelos acidos do estomago, destruição completa dos dentes e calosidades dos dedos. Os danos psicologicos tambem sao marcantes. É necessario intervenções psicoterapicas ( a Psicoterapia Comportamental e a Comportamental Cognitiva tem os melhores resultados observados ) intensas no sentido de lidar com a Frustração, auto estima, depressao, ansiedade, compulsao, ideação suicida entre outros problemas graves.

A anorexia e a bulimia é um transtorno serissimo que infelizmente nao é dado valor que merece. Principalmente pelos meios de comunicação. E para piorar, ainad existem grupos pró Anorexia e pró Bulimia. Sao pessoas que precisam de tratamento e só com informação vamos mudar o quadro.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ciumes em uma visão Analitico Comportamental

Mas afinal, o que seria o ciúmes ?

Podemos dizer que o ciúmes aparece onde alguma situação serve como sinalizador que o reforço não vai ser apresentado. O parceiro interpreta um estimulo como sendo um aviso que vai perder o objeto reforçador e portanto emite todos os operantes para evitar a perda dos reforçadores ( geralmente respostas aversivas e agressivas modeladas por contingências na historia de vida da pessoa ) e respondentes pareados a processos de extinção que o organismo já sofreu anteriormente.

Diante dos estímulos sinalizadores que são descritas como responsáveis pelo ciúme, muitas vezes a pessoa acaba emitindo operantes como:

Fazer inúmeras perguntas a (o) parceira (o); proibir de sair; brigar; chorar; etc. Situações estas que, certamente são aversivas para o outro (a) parceiro (a). A fim de tentar amenizar a situação, este acaba, sem perceber, reforçando o comportamento dito “ciumento” ao dizer frases como: “eu te amo”,” você fica linda ciumenta”, “não precisa se preocupar, jamais te trocaria por ninguém”; ao enumerar as diversas qualidades do “ciumento”, ao oferecer presentes e/ou qualquer outras provas de amor; bem como atender as determinações do ciumento. Em médio prazo o(a) esposo(a) faz uma ligação entre o comportamento ciumento e reforçadores. Portanto as chances do comportamento ciumento ser mantido e aparecer mais vezes é muito maior. Nesse caso ensinamos que quanto mais a pessoa for ciumenta, maior é o cuidado e carinho ela recebe e portanto menor é a chance do(a) parceiro(a) o abandonar.

Por outro lado o (a) Esposo (a) pode se utilizar da mais pura fuga / esquiva e fingir que não esta ouvindo nada e ignorando todo o jogo agressivo e manhoso do ciumento, entrando em ação o processo de extinção. E é ai que a coisa aperta, já que por definição quando um organismo é colocado sob uma contingência de extinção a resposta vai sofrer um grande aumento, pois o organismo vai variar o comportamento buscando que o reforçador seja novamente apresentado. Se já existe uma história previa de que ser ciumento leva ao recebimento dos reforçadores a coisa piora mais ainda. Muitos casais acabam se separando ou tendo brigas intensas por esse motivo. Quando os terapeutas de casal dizem que a conversa entre os parceiros tem um grande papel nas reconciliações, eles não estão errados.

Tanto em uma situação ( reagir com carinho ou apatia ) vai elevar a freqüência das respostas de ciúmes. Tanto uma quanto a outra por reforçamento negativo, já que a intenção do parceiro não é prolongar a briga e nem recompensar o comportamento de ciúmes. A única intenção nesses momentos é fugir de uma situação aversiva. Mas esse procedimento acaba aliviando o parceiro rapidamente, mas aumenta a probabilidade de acontecer novamente. Aumenta progressivamente a pressão dentro do relacionamento, podendo chegar uma hora onde a briga é inevitável.

Mas e se virar briga, o que fazer?

A resposta é complicada. Se atender estará aumentando a freqüência das perguntas, proibições, brigas, choro, etc. Se não atender, corre o risco de ter que enfrentar uma briga ainda maior ou mesmo o fim do relacionamento. Antes de tudo, precisamos pensar em qual é a função do comportamento ciumento. O que esta por trás de todas as brigas, gritos e choros. A topografia da resposta é particularmente inútil para se entender o que se passa. Devemos ter em mente que o ciumento aprendeu a ser ciumento. Seja por reforçamento positivo, negativo ou por um ambiente coercitivo onde se tornar ciumento, briguento e desafiador foram as únicas formas de sobrevivência que o sujeito encontrou para se relacionar com o meio.

Um dos principais erros que acontecem quando falamos de extinção de comportamentos ciumentos é que o processo acaba nunca chegando ao fim. O que geralmente acaba acontecendo é que a extinção acaba se convertendo em um esquema de razão variável. O parceiro tenta extinguir o comportamento ciumento ignorando, mas acaba não resistindo e reforça intermitentemente, dando flores, levando pra jantar ou então tentando “colocar panos quentes a situação”.

Talvez antes de virar briga, o procedimento mais correto seria expor ao parceiro os motivos de descontentamento. Seja do ponto de vista do ciumento ou seja o ponto de vista do parceiro. É importante um falar e o outro escutar e juntos chegarem a um acordo sobre as situações que despertam ciúmes no parceiro.

E se a briga virar agressão física?

Quando se passa de brigas verbais para agressão física o relacionamento não tem mais chances de se tornar saudável ou reestruturado sem a ajuda de um Psicólogo qualificado. Seja em terapia de casal ou mesmo psicoterapia individual, tanto para agressor quanto para o agredido.

Sabemos que casais se completam, tanto em aspectos positivos quanto em negativos. É necessário entender a função do relacionamento e dos comportamentos de ciumes dentro da história de aprendizagem no casal. Quais foram seus modelos ? Como o casal aprendeu sobre o que é um relacionamento ? Os modelos foram saudaveis ?

Todas essas perguntas são importantes para se entender e ter um panorama de como o casal se formou. Todo comportamento possui uma função, inclusive o comportamento violento ou ciumento. É importante os terapeutas enfatizarem que a agressão é inaceitável e o agressor tem total responsabilidade sobre seus atos. Tanto pela violência quanto pelo fim dela. É necessária uma postura rígida do terapeuta, mas nunca moralista.

Um pouco de ciúmes dizem que apimenta o relacionamento e acredito ser saudável. Mas quando o ciúmes se torna patológico e apresenta agressões físicas, verbais e acaba virando uma relação difícil, sofrida ou perigosa pra um dos parceiros, é necessário urgentemente intervenção psicológica e/ou legal com advogados para que a segurança do parceiro agredido seja restabelecida.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Transtornos Alimentares Anorexia Nervosa



Transtornos Alimentares : Anorexia Nervosa

Um dos grandes problemas que assolam o mundo é sem duvida a desnutrição. Estamos sempre vendo em programas de TV e campanhas de ONGS os povos de países muito pobres, principalmente os Africanos, que em muitos lugares acabam até morrendo de fome.

Porem outro problema tão grave quanto a desnutrição é a obesidade. Muitas pessoas tendem a estigmatizar o obeso como uma pessoa que passa o dia todo comendo e que portanto, a única causa de seu problema ( Muitas vezes chegando a ser fatal ) é sua preguiça de fazer exercícios ou mesmo não ter força de vontade para diminuir os alimentos ingeridos.

Enquanto psicólogo e cientista devo dizer que dados mostram que não é tão simples assim. Temos inúmeros problemas que podem contribuir desde transtornos psicológicos sérios a distúrbios hormonais e neurológicos.

Os transtornos alimentares estão categorizados na Classificação Internacional de doenças e é considerado um transtorno que causa sofrimento intenso e pode levar a morte.

Mas antes vamos falar um pouco do ambiente que pode induzir esse tipo de problemática ?

Pois bem, quando falamos em uma sociedade ocidental, estamos falando basicamente em capitalismo, indústrias e uma rede inteira de consumidoras ávidas por produtos que vão as deixar mais bonitas e com maiores probabilidades de serem aceitas em um circulo especifico de amizades.

A indústria, principalmente a da moda tende a manter um padrão estético que é especialmente difícil e punitivo para que mulheres e homens que não são modelos possam seguir. Junte o padrão estético das modelos internacionais que são magérrimas com uma cultura coercitiva onde o status e o visual são muito mais importantes que a saúde...

Já temos ai um ambiente propicio para que a Ansiedade, depressão e os transtornos alimentares apareçam.

O transtorno alimentar pode ser definido como severas alterações no comportamento de se alimentar. Os tipos mais comuns do problema são a Anorexia e Bulimia nas mulheres e atualmente tem se dado muita importância a Vigorexia nos homens.

Estatísticas mostram que quase 90% dos casos de anorexia e Bulimia são de indivíduos do sexo feminino.

A Anorexia Nervosa é definida como a negação de se alimentar causando Caquexia ( emagrecimento intenso ) por uma auto-imagem distorcida. Geralmente nas Anorexias o transtorno dismórfico Corporal também esta envolvido, pois a pessoa se recusa a se alimentar justamente pelo fato de se ver como obesa, sendo que esta abaixo dos limites mínimos de IMC para sua idade / altura.

Os sintomas mais comuns nos anoréxicos são: medo intenso de ganhar peso e, portanto faz dietas severas, geralmente são muito ansiosas e depressivas e são extremamente preocupadas com sua imagem. Possuem uma sensibilidade muito grande ao frio já que a gordura também serve como isolante térmico e são amenorreicas, ou seja, tem a menstruação interrompida.

Os anoréxicos por realmente acharem que estão muito acima do peso (mesmo estando muito abaixo do seu IMC mínimo) desenvolvem diversas técnicas para não ganhar peso ou para perdê-lo. Podem também induzir vômitos quando comem pequenas porções de comida ou usar laxativos.

A grande diferença entre o Anoréxico e o Bulimico é que o anoréxico não come por se achar gordo e, portanto precisa perder peso e o Bulimico tem ataques de compulsão alimentar, ou seja, comem tudo o que podem em um breve período de tempo e logo após costumam induzir o vomito ou então se utilizar de laxativos potentes para que a comida não possa ser absorvida pelo organismo e, portanto o peso estaria sendo controlado.

O tratamento deve ser feito o mais rápido possível, pois não é raro que anoréxicos percam tanto peso e continuem se achando obesos que podem chegar ao quadro de inanição. O corpo não consegue mais funcionar por falta de nutrientes e quando se chega a Inanição o índice de mortalidade é alto.

Se não for tratada a tempo, pode trazer prejuízos permanentes ao corpo como problemas Renais e cardíacos que podem levar a morte. O tratamento é multidisciplinar geralmente feito com Médicos, Psicólogos e Nutricionistas.

A Anorexia é um problema serio que leva a morte e justamente por isso que pais, amigos e responsáveis devem estar sempre atentos, pois a diferença entre uma preocupação saudável com saúde e peso corporal não pode ser confundida com uma redução drástica e rápida de peso quando não se existe nenhum problema com o IMC.

É sempre importante estar atento. Se alguem amigo, filhos ou parentes apresentarem sintomas de Anorexia como distorção de imagem corporal, dietas severas por longos periodos, perda de peso muito acentuada em curto periodo de tempo entre outros é conveniente observar e se for possivel encaminhar a um médico ou psicólogo para que seja feita uma orientação e se for o caso iniciar o tratamento.